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Centro de Engajamento Noronha Plástico Zero

Foto do escritor: MargridMargrid

Atualizado: 15 de abr. de 2023

No dia 12 de novembro de 2019, inaugurava o Centro de Engajamento Noronha Plástico Zero, na ilha de Fernando de Noronha. Projeto que realizei a curadoria, direção criativa e executiva, a convite da Menos 1 Lixo e Iönica em uma parceria entre a cervejaria Heineken e a Administração Pública de Fernando de Noronha.



A proposta do Centro de Engajamento é ser um espaço de valorização da cultura de sustentabilidade. Voltado para turistas e moradores, o Centro de Engajamento é composto de cinco espaços: a exposição do Macro ao Micro, o mural Guardiões, a sala Origem, a sala Fábrica e o espaço de convivência Concha.


Para celebrar este projeto que foi tão querido e marcante pra mim vou, ao longo dos próximos dias, contar um pouco sobre os espaço e como foi a criação deste projeto, processo de construção, desafios pessoais entre várias curiosidades!


O Espaço Concha é o principal espaço do Centro de Engajamento. Tanto por seu tamanho, quanto por sua função: é o espaço que recebe os eventos da programação cultural do CE (centro de engajamento). Este espaço foi concebido como o coração do projeto, que mantém o ritmo do organismo vivo que é o Centro de Engajamento. Na Concha são bem-vindos encontros de palestras, debates, trocas, cinema, música, contação de histórias, enfim… toda programação que promova o pensamento, a valorização da cultura e história local, práticas de sustentabilidade e integração social.

Uma curiosidade é que o espaço Concha não fazia parte do projeto original, uma vez que a área que ocupa não estava sendo considerada primeiramente. Mas, ao longo do desenvolvimento do projeto, logo percebeu-se o potencial de uso daquele espaço aberto, assim como a necessidade de um espaço maior, agregador, para receber o público com atividades flutuantes.


A Concha é uma estrutura geodésica, uma forma de globo, estruturado por hastes de madeira massaranduba, conectores de ferro e com fechamento em madeira compensada. O projeto da Geodésica foi desenvolvido pelo designer Rafael Rattes, de Recife. A proposta original é que o espaço fosse coberto e aberto, recebendo ventilação constante e iluminação natural, para também evitar a impermeabilização do solo - que é uma questão importante na ilha. O espaço, no entanto, deverá passar por uma reforma, em breve, para que seja totalmente fechado, podendo receber eventos em dias de chuva, também.



Acho a estrutura interessantíssima. Os vazios de madeira que se formam a cada ponto conector, produzem zonas de luz e sombra no solo, fazendo um lindo rendado de rosetas pela grama, nos dias de sol. A acústica também é impressionante: alguns pontos específicos reverberam o som, amplificando nossas vozes.

A estrutura chama a atenção na paisagem, mas também se integra perfeitamente ao ambiente natural, aproveitando os ventos, a energia solar para a iluminação natural e artificial. Com o nível do chão, totalmente aberto, o espaço se torna convidativo para qualquer passante chegar e participar das atividades.


O nome, Concha, reflete a energia feminina que compõe a alma do espaço: um lugar acolhedor, circular, amoroso, de troca, de conhecimento. Concha é um símbolo feminino, que remete ao útero e à geração de vida. Aliás, este não é o único espaço do projeto que potencializa a energia feminina!

















































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